Minhas estórias

Oi, gente,

Esse blog foi criado para que meus amigos pudessem acompanhar minha aventura em Cornell. Digo aventura porque passar 4 meses e 8 dias fora de casa, sem o marido e sem o filho, sem os familiares e amigos, em uma cidade em outro país a cerca de 10.000 km de distância é mais do que o Indiana Jones poderia sonhar!

Só que quando voltei de Cornell, resolvi continuar registrando minhas estórias e reflexões. Tenho muitas coisas pra contar!
Comecei a perceber isso quando em minhas aulas, não importa qual o assunto, sempre tinha alguma experiência pra contar. Até num incêndio eu já estive! E às vezes me dá um comichão e tenho que sentar pra escrever e compartilhar minhas estórias. Adoro escrever. Já pensei em escrever um livro e publicar, mas vamos economizar papel e ficar por aqui mesmo.

Neste blog irei postar textos, fotos, vídeos, etc.

Escrevo em inglês e em português, pois compartilho esse blog também com pessoas que não falam português.

Um beijão!
Débora


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Aquietai-vos e sabei que sou Deus

Gosto muito de escrever sobre aquilo que se passa comigo. Sempre uso essa desculpa para me safar de trabalhos domésticos: “Deus criou minhas mãos para eu escrever e não para cozinhar, lavar ou passar,” eu digo incessantemente, querendo me convencer e convencer os outros disso. Nem sempre consigo, mas é verdade.
Bem, recebi uma mensagem de um amigo falando sobre meu relacionamento com Deus e acabei dizendo que nós dois (eu e Deus) estávamos em silêncio há alguns anos. Quero explicar isso melhor.
Passei por alguns momentos de muitas perguntas sem respostas na minha vida espiritual, conforme a minha compreensão na época. Tive que tomar decisões contrárias ao rumo que estava tomando e não importa o quanto tenha buscado a Deus por uma direção, essa nunca chegou da forma como esperava. Optei pelo que minha razão mandou. Foram muitos meses de angústia e de sentimento de abandono. Eu, como legítima pentecostal que era, não conseguia mais ouvir a voz de Deus, outrora tão audível (literalmente – mas isso é outra história).
Um dia, na minha escola de inglês The Way to English, onde ensinava através de textos bíblicos, estava copiando a letra da música da semana, hábito que cultivei ao longo de todos os anos em que a escola funcionou. Havia escolhido aleatoriamente a música Be still da banda australiana Hillsongs, cujo refrão é o versículo homônimo a esse texto. Era um domingo e chorei muito, pois senti que aquele versículo se aplicava a mim naquele momento. Precisava de paz e de quietude. Minha alma estava angustiada.
Quando fui para a igreja, na hora do louvor a minha querida Pastora Doralice Alves, a Pretty Woman, como a chamo (Ô mulher linda!), começou a cantar uma música que falava a mesma coisa. Ela chamou à frente as pessoas que sentiam que Deus estaria lhes falando. Fui e chorei mais. Deus estava falando comigo, como há muito não percebia.
Na noite de segunda-feira, tive um insight enquanto dormia, o que acontece com frequência. Vinha-me à mente um sermão completo, uma extensão do versículo em questão, sobre aquietar o corpo, a alma e o espírito. Ilustrações sobre cada um dos ‘três pontos’, versículos afins, enfim, esse seria o tema de minha próxima pregação, quando alguém me chamasse, coisa que não acontecia há tempos. Passei o dia pensando sobre isso.
Na noite seguinte, sonhei com minha queridíssima Pastora Célia Almeida, minha inesquecível ‘mãe na fé’, como dizem nos meios evangélicos, que me embalou espiritualmente nos meus primeiros anos de fé cristã evangélica, com a ternura típica das progenitoras. No sonho, estávamos numa reunião de oração e ela levantava e dizia que eu traria a palavra, ao que freneticamente me neguei, dizendo que não tinha nada a transmitir ao grupo. Ela insistia, afirmando categoricamente que Deus havia me dado uma palavra. Lembrei-me do insight da noite anterior. Relutei, mas com a insistência, aceitei o desafio. Acordei-me antes de completar a tarefa, que aparentemente deveria ser feita em público, o que nunca aconteceu. Era a terceira vez em poucos dias que essa palavra viva de Deus chegava ao meu coração.
Porém, como o bom humor perpassa todas as minhas experiências, a quarta e definitiva vez que ouvi Deus transmitindo para mim essa palavra foi num ambiente inusitado: uma banca de revistas, uma daquelas espaçosas o suficiente para o freguês entrar e escolher livremente seus produtos. Tinham dois rapazes conversando ao meu lado. Porém, só nessa hora comecei a prestar atenção. Aparentemente, um dos dois havia se convertido a uma igreja evangélica recentemente. Por não se encaixar no perfil, o outro amigo não-crente duvidava :
- Você, evangélico? Hahahaha! Não acredito! E as farras? E a cachaça?
- Não, cara, agora eu quero é Deus.
- Quer dizer que aos domingos você, ao invés de encher a cara, vai para a igreja?
- Sim!
- Não acredito. Quer dizer que domingo passado você foi à igreja?
- Sim!
- Pois prove! O que foi que o pastor pregou?
- “Aquietai-vos e sabei que sou Deus!”
Saí da banca com a certeza que Deus havia falado comigo.
Desde então, tenho estado quieta. Em inglês, quieta (“quiet”) significa “em silêncio”. O texto em inglês, conforme a Nova Versão Internacional (NIV, em língua inglesa), adota o termo “still”, que quer dizer “parado, sem movimento”. Considero-me em outro momento da minha caminhada espiritual. Há tempos de falar e de calar, como disse o sábio. Esse é meu momento de calar. Não faço mais perguntas a Deus. Não espero respostas. Mas na minha quietude, a presença irrefutável do meu Criador, mesmo que seja em silêncio, fala alto, tão alto que, mesmo sem ouvi-lo, sei que está ali. Aquietei-me. Já sei que Ele é Deus.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Voltei! I'm back!

After 133 days away from home, I'm back. It's been a month and it's the first time I actually post in my blog again because of so much work and so much catching up to do.

The aftermath of my Cornell adventure.

Best part - I have to divide this into two parts. Academically and socially.

Of course, academically, the best part was my research itself. That's why I was there. I managed to read just about all the books I needed and then some. I've already written over 80 pages of my thesis and I also bought some books that I'm going to read here. I plan to finish writing the theoretical part no later than December so I can start the field work.

Socially, the best part was reuniting with my American family, the Schrocks, especially Laura. She was with me in Ithaca in May and then I came over to her place in July, a week before I left to Brazil. I got to meet all the family - Laura's husband and children, Jim's family and Mom and Dad. It was an unforgettable, historical day for me. We hadn't seen each other since 1989!





I loved meeting everyone, especially Kathy, Laura's daughter.


Another unforgettable moment was meeting with my old friend Kathy Ahlers. We went to NY together. It was fascinating! (see pictures on April postings)

The worst things was not being with my family. I also missed my friends a lot. The other bad part was not having a car. I definitely hate walking!

Everything else about my trip was awesome. It was worth every effort I had to make.

I guess I should thank God and CAPES for it!

Thank you for the people who followed my blog.

Love,
Débora

sábado, 2 de julho de 2011

Estórias engraçadas - Minhas trapalhadas 6

Aqui eu uso um celular pré-pago, muito ruim, por sinal, que me cobra até para discar, ou seja, se eu ligar para alguém e a pessoa não atender, eu pago mesmo assim! Pago para receber também, então não me liguem!!!

Bem, fui adicionar créditos outro dia e segui os passos: digitar o número do cartão, digitar meu telefone e esperar a confirmação do crédito. Mas ouvi a mensagem: "Impossível completar o processo." Fiquei com ódio e xinguei o telefone mil vezes. Fui à empresa e expliquei o problema. O funcionário pediu meu número para ver qual seria o problema. Mas eu não estava no sistema. Fiquei furiosa. Ele pediu meu nome e sobrenome e acabou descobrindo qual o problema: eu tinha dado o número do telefone errado!!!! Que vergonha! Só Deus sabe para quantas pessoas eu dei esse número errado!

Barbecue at Maplewood - Churrasco no Maplewood

Aqui onde estou morando é um condomínio que pertence a Cornell para servir a alunos ou professores visitantes, principalmente estrangeiros. É muito organizado e animado. Sempre tem atividades sociais, como sessões de cinema, passeios, etc. Semana passada houve um churrasco, que é um pouco diferente do Brasil. Aqui se faz churrasco de hamburguer, frango, linguiça, salsicha, and até marshmallow, mas nada de picanha ou maminha. Sem farofa, também. Mas foi legal, uma maneira de conhecer novas pessoas e de se socializar.

This place where I'm living belongs to Cornell and it is mainly to host visitors, especially foreigners. It's very organized and fun. There's always social activities, such as movies, short trips, etc. Last week there was a barbecue, which is a little different from Brazilian barbecues. Here they grill hamburguers, chicken, sausage, hot dogs, marshmallow, but no rumpsteak or top sirloin cap. No 'farofa', either (fried mandioca flour - typical Brazilian food). But it was cool, a nice way to meet new people and to socialize.






We met Fabiana (Brazil) e Cutchi (India).

Conhecemos a Fabiana (Brasil) e Cutchi(India).

Maroon 5 concert - O show do Maroon 5


Maroon 5 is my favorite band. I listen to them all the time. One day I was browsing on the internet and found out they were having a concert an hour away from Ithaca. I decided I couldn't miss it. So, Priscilla, my roommate, and I rented a car and drove out there. Two other Cornell girls from India, Poormina and Srinitya, joined us. We had a great time. Maroon 5 is more than ever my favorite band now!

Maroon 5 é a minha banda favorita. Escuto as músicas deles o tempo todo. Um dia eu vi na internet que eles iam fazer um show a uma hora de Ithaca. Decidque eu não podia perder isso. Então, eu e a Priscillaalugamos um carro e fomos. Duas outras garotas de Cornell, que são da Índia, Poormina e Srinitya, foram com a gente. Foi maravilhoso. Maroon 5 é mais do que nunca minha banda favorita!



______________________

The concert was in a beautiful golf course in Endicott, NY.

O show foi num campo de golfe super lindo em Endicott, NY.

_________________________________

Infelizmente não deu para bater boas fotos do show em si porque foi à noite. As fotos ficaram muito escuras.

Unfortunately the pictures of the concert itself were too dark because it was in the evening.

But I did find this you tube video someone shot there:
Mas achei um vídeo no youtube que alguém fez lá:

http://www.youtube.com/watch?v=Hqlb5klf76A

domingo, 26 de junho de 2011

A comida e eu - Food and I

Eu tenho um relacionamento estranho com comida. Enquanto a maioria das pessoas come por prazer, eu como porque preciso - é combustível para mim. Como não quero engordar, o que acontece com muita facilidade, decidi alguns anos atrás comer o que preciso e não o que quero. Claro que escolho comidas que gosto na hora das refeições mas eu escolho a comida em termos do seu valor nutricional. Então eu almoço proteína, carboidratos e vitaminas, e não carne, macarrão e salada. Estou esperando pelo dia em que a indústria alimentícia vai colocar no mercado aquelas pílulas que os astronautas levam para o espaço. Dá pra imaginar quanto tempo nós economizaríamos? Você almoçaria em 3 segundos! Também dá pra imaginar quanto nós economizaríamos se não tivéssemos que comer? Boa parte do meu orçamento é gasto com comida - isso é um absurdo. E amanhã literalmente estará no esgoto.

Ok, meus argumentos são bons, admita! Mas tudo isso cai por terra e eu completamente esqueço todo esse meu raciocínio e minhas teorias alimentares quando se fala em DONUTS! É a melhor comida do mundo inteiro e eu como donuts por PURO PRAZER. Eu sei que é AÇUCAR PURO, mas eu adoro! Que pena que não tem no Brasil! Então, enquanto estou aqui, eu como um donut por dia. E o Dunkin' Donuts é o melhor lugar do mundo! Então, brindemos aos DONUTS! Bon apetit!

______________________________________________________

I have a strange relationship with food. While most people eat for pleasure, I eat because I have to - it's fuel for me. Because I don't want to gain weight, which happens very easily, a few years ago I decided to eat what I need, not what I want. Of course I choose food I like when I have to eat but I think more of it in terms of the nutritional value of what I'm eating. So for lunch I have protein, carbohydrates and vitamins, not beef, noodles and salad. I'm waiting for the food industry to put pills on the market - like those astronauts take to space. Can you imagine how much time we would save? You'd have your lunch in 3 seconds! Also, can you imagine how much money we could save if we didn't have to eat? A big part of my budget is spent on food - that's absurd. Tomorrow it's literally flushed out of my system.

Ok, I have a good point and my arguments are good, admit it! But all that falls totally apart and I completely forget my reasoning and my food theories when it comes to DONUTS! It's the best food in the whole world and I eat them for PURE PLEASURE. I know it's PURE SUGAR, but I love it! Too bad they're not available in Brazil! So while I'm here, I take a donut a day. And Dunkin' Donuts is the best place ever! So, to DONUTS, cheers! Bon apetit!


terça-feira, 21 de junho de 2011

My roommate Shan - Minha companheira de apartamento Shan

Shan was one of roommates here in Ithaca. She is from China but she is a graduate student at Ohio State. She studies biology and she's doing research on tomatoes. But she's also an Architecture student and she can draw really well. She said she'd make a sketch of me. While I was in Jamaica, she went back to Ohio and when I got back she had left this beautiful sketch of me. So sweet! And she's really an artist! I love her sketch because she managed to make me beautiful. Thanks a lot, Shan! I miss you!

A Shan foi uma das meninas que se hospedaram aqui nesse apartamento que estou em Ithaca. Ela é da China, mas mora em Ohio, onde está fazendo doutorado em Ohio State. Ela estuda biologia e está fazendo pesquisa sobre tomates. Mas ela também já estudou arquitetura e sabe desenhar muito bem. Ela disse que ia fazer uma sketch minha. Enquanto eu estava na Jamaica, ela voltou para Ohio e quando eu cheguei ela tinha deixado esse lindo desenho. Que fofo! E ela é uma artista e tanto! Amei o desenho dela porque ela consegui me deixar linda! Obrigada, Shan! Saudades de você!



Here's the original picture. / Aqui está a foto original.


Shan is the one on the right./ Shan é a que está à direita.

Jamaica 5 - The Nyabinghi ceremony - A cerimônia Nyabinghi

Uma das formas de expressão religiosa dos rastas é a cerimônia Nyabinghi, que quer dizer 'morte aos opressores". É um ritual com música tocada com tambores acompanhada de letras que louvam principalmente a Ras Tafari, o imperador etíope, que para eles é o Messias negro, a segunda vinda de Cristo. Durante esse evento, houve Nyabinhghi todas as noites e eu não pude deixar de ir. Essas cerimônias podem ser em qualquer lugar, mas nesse caso estavam sendo no lugar chamado Pinnacle, onde se formou a primeira comunidade Rastafari nos anos 1930. Hoje só há ruínas, pois a polícia destruiu o local em 1954. Os Rastas estão em processo de pleteio de que o lugar seja tombado pelo patrimônio nacional. É no alto de um monte na cidade de St Catherine.

Chegar lá foi uma aventura. Fui com o canadense Gundher (V. Jamaica 3) e como estávamos sem carro, pegamos dois ônibus e um táxi para chegar lá. Foi uma aventura!!! Passamos a noite inteira lá observando a peculiaridade do ritual e trocando ideias. Não é permitido bater fotos, mas na saída, batemos algumas. As mulheres têm que cobrir a cabeça, de preferência com um turbante específico, mas como não acertei fazer no meu cabelo, coloquei um lenço comum. Tive que comprar um vestido longo também, pois considera-se que as mulheres devem se vestir com decência e não devem mostrar os joelhos nem usar calças compridas. Tudo pela pesquisa!


No meio da madrugada, o Prof. Michael Barnett apareceu na cerimônia com o Terrence e voltamos com eles. Foi muito interessante.


Com dito anteriormente, não foi possível registrar a cerimônia, mas segue um link que está no youtube, que foi bem semelhante ao que vi, menos a pregação. Lá só tocaram cânticos.

http://www.youtube.com/watch?v=Mgln_ngAa6U&feature=related

Jamaica 4 - Dreadlocks

A característica mais marcante dos rastas é definitivamente o cabelo. Na pequena pesquisa que fiz na UFC, entrevistei 155 pessoas para saber o que elas sabiam sobre Rastafari. 59 responderam que era um estilo de cabelo.

Para os rastas, os cabelos estilo dreadlock (que significa tranças horrendas) significam uma atitude de rebeldia ao padrão estipulado pelo sistema ocidental que diz que os cabelos devem estar bem arrumados e cortados. Os dreads se formam naturalmente em cabelos africanos quando se para de pentear. Há controvérsia no que diz respeito à origem dos locks. Enquanto uns dizem que o cabelo estilo Medusa veio da Ìndia, outros dizem que a identificação foi feita aos soldados da parte oriental da África, os Mau-Mau do Kenya.

Eu acho os dreads fascinantes e se eu tivesse cabelo africano, eu definitivamente adotaria o estilo. Durante os eventos dos quais participei, tirei muitos fotos dos cabelos que vi, principalmente quando as palestras eram em patois, pois eu não entendi nada mesmo, então passava meu tempo fotografando os cabelos.

----------------------------------
The most outstanding characteristic of Rastas is definitely their dreadlocked hair. In the small survey I took at UFC, I interviewed 155 people in order to find out what they knew about rastafarainism. 59 answered that it was a hair style.

For Rastas, dreadlocked hair signifies an attittude of rebellion to the pattern imposed by the western system which says that hair must not be unkempt. Dreads form naturally in African hair if you stop combing it. There is controversy about the origin of locks. While some say that the Medusa-like hair came from East Indians, others say that the identification was made to the soldiers in East Africa, the Mau-Mau soldiers from Kenya.

I personally think dreads are fascinating and if I had African hair, they would definitely be locked. During the eventos I took place in, I took a lot of photos of the hair I saw, especially when the talks were in patois - I couldn't understand them anyway, so I spent my time taking pictures.












Jamaica 3 - Bob Marley Museum - O Museu do Bob Marley

Bob Marley é o rasta mais famoso. Foi ele também que elevou o movimento rastafari à fama internacional, pois na Jamaica eles já eram bastante conhecidos. A casa onde Bob Marley morou até sua morte hoje a família transformou em um museu contendo seus inúmeros prêmios, fotos, recortes de jornais, um de seus carros, etc. É um lugar muito interessante. Não pude bater fotos dentro do museu, mas bati várias do lado de fora da casa.

Bob Marley is the most famous Rastaman. It was him who also elevated Rastafari to international prominence - they were already very famous in Jamaica. The house where Bob Marley lived until the day he died his family has turned into a museum containing his inumerous awards, photos, newspaper clippings, one of his cars, etc. It is a very interesting place. I could not take photos inside the museum, but I did take some outside the house.





His favorite place was under a mango tree.
O lugar favorito dele era em baixo de uma mangueira.

Jamaica 2 - People I met - Pessoas que conheci

I met a lot of interesting people in Jamaica.
Conheci muitas pessoas na Jamaica.

Prof. Michael Barnett, who ciceroned me. He's a professor at UWI and a rastaman.
Prof. Michael Barnett, que me ciceroneou. Ele é professor da UWI e é rasta.


Terrence, he works at the UWI and he helped me a lot getting settled. He lent me his cell phone, he drove me to the store to buy the fan, in short, he did a lot for me. He's a rasta, so I got to interview him for my research.

Terrence, ele trabalha na UWI e me ajudou muito a me acomodar. Ele me emprestou o celular dele, me levou para comprar o ventilador, em suma, ele me ajudou demais! Ele é rasta, então eu o entrevistei para minha pesquisa.


Lance, a very interesting person who I learned a lot from. He's got a lot of interesting stories to tell. He's a photographer and also a rastaman, although he doesn't wear locks. He was participating in the events.

Lance, uma pessoa muito interessante com quem aprendi muito. Ele tem muitas estórias interessantes para contar. É fotógrafo e rasta, apesar de não usar dreads. Ele estava participando dos eventos.


Rickey was the one who drove us to one of the events. He's not a rasta, but he was participating in the event because he embraces some things of the rasta way of life. We got to talk a lot about Rastafarianism.

Rickey foi quem nos levou a um dos eventos. Ele não é rasta, mas estava participando dos eventos pois ele abraça algumas das coisas da filosofia de vida dos rastas. Conversamos muito sobre o assunto.


The girls at the school. who surrounded me to know who I was.
As garotas na escola que me cercaram no carro para saber quem eu era.


Gundher, a Canadian who is in Jamaica doing research on Rastafari. We went together to the Nyabinghi ceremony. We talked a lot about our research.

Gundher, um canadense que está na Jamaica fazendo pesquisa sobre Rastafari. Fomos juntos à cerimônia do Nyabinghi.


People in Jamaica are nice!
As pessoas na Jamaica são simpáticas!

Jamaica 1 - First impressions - Primeiras impressões

Como minha pesquisa é sobre o movimento rastafári, que teve início na Jamaica, resolvi ir até aquele país para sentir um pouco o objeto que tenho estudado tanto desde 2009. O ideal teria sido fazer a pesquisa lá, mas na ocasião do pleteio da bolsa não tinha conseguido fazer nenhum contato com alguém que pudesse ser meu orientador. Como o Centro de Estudos e Pesquisas Africanas aqui em Cornell é um centro de referência no assunto, meu orientador no Brasil, o Prof, Henrique Cunha Jr. já tinha sido professor visitante aqui e consegui o contato com a Profa. Byfield, achei que também seria muito proveitoso e não estava errada. Minha pesquisa aqui tem avançado a passos largos.

Porém, surgiu a oportunidade de ir à Jamaica, pois estou mais perto e haveria um simpósio sobre o assunto na Universidade de West Indies, em Kingston, capital do país. Além do simpósio, haveria uns eventos anuais comemorativos do movimento rastafári, em homenagem à Leonardo Howell, considerado o primeiro rasta. A Profa. Byfield conseguiu fazer contato com o Prof. Michael Barnett, que se prontificou a me ciceronear na Jamaica. A viagem foi extremamente proveitosa, pois pude ver na prática aquilo sobre o qual tenho lido.

Minha primeira impressão do país foi um pouco diferente daquilo que havia no meu imaginário. As belas praias que são tão conhecidas nos anúncios de cruzeiros no Caribe ficam fora da cidade de Kingston e achei as condições físicas mais precárias do que no Brasil. Enquanto a renda per capita do Brasil é US$10,000, a da Jamaica é US$5,000. Mas a geografia da ilha é linda, com vegetação tropical e muitas montanhas. Dizem que Cristóvão Colombo, o primeiro europeu a aportar lá na era dos "descobrimentos", ao lhe perguntarem como era o local, amassou uma folha de papel para descrever o relevo irregular da região. O clima quente e gostoso achei semelhante à Fortaleza.

Fiquei hospedada no alojamento de estudantes da Universidade de West Indies para facilitar minha locomoção, pois boa parte dos eventos seria lá. O quarto não era essas belezas e tive que comprar um ventilador, mas as vantagens eram maiores que as desvantagens. Dentro do campus tem restaurantes e banco, ou seja, o que eu precisava.


A população negra da Jamaica é de 91.6%. Eu nunca tinha estado num lugar com tantos negros.



Num evento que eu participei numa escola, todas as crianças olhavam muito para mim e um grupo veio me abordar querendo saber quem eu era, de onde, meu nome, etc. Eles me cercaram ao redor do carro quando fui pegar uma coisa. Me senti como uma peça rara. Uma olhou para mim e disse: "Seu cabelo é lindo!" Certamente porque é diferente, porque particularmente naquele dia meu cabelo estava horrível, tanto que eu estava de chapéu com o cabelo preso num rabo mal feito.


Outra impressão que tive logo na chegada foi em relação à língua. Como a ilha foi colonizada pelos ingleses, a língua oficial é inglês, mas o sotaque é bem distinto, às vezes incompreensível para mim, e as pessoas nas ruas falam o patois, TOTALMENTE INCOMPREENSÍVEL! No mesmo evento na escola, uma garota recitou um poema comparando o inglês padrão com o patois. Achei muito interessante. Ela começa falando o padrão, mas no fim ela diz que gosta mesmo é do patois. (Sorry, only for those who know English)

http://youtube/0bybQE43sYk

Mas adorei minha viagem à Jamaica. Pude sentir um pouquinho o sabor dos Rastas. Passei quase o tempo todo convivendo com eles, tentando conversar (quanto eu compreendia) e sentindo na prática o que até então era mais teórico (embora já conheci outros rastas, mas não da Jamaica). Valeu a pena.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Four days in Florida with my friends - Quatro dias na Flórida com meus amigos Nilo, Vanessa and João Vitor

Passei quatro dias maravilhosos em Boca Raton, Florida, om meus grandes amigos Nilo, Vanessa e o filho deles, o fofo do João Vítor. Eu estava em Fort Lauderdale para um simpósio sobre Rastafari e como eles moram perto, me convidaram para ficar com eles. Eu ia ficar na Flórida entre o simpósio e a minha viagem para a Jamaica, então eu aceitei e não poderia ter sido melhor. Olha que família linda.

I spent four wonderful days in Boca Raton, Florida, with my wonderful Brazilian friends Nilo, Vanessa, and their cute son João Vitor. I was in Fort Lauderdale for a Rastafari Symposium and they live near there so they invited me to stay with them. I was going to stay in Florida between then and my Jamaica trip so I said YES and it couldn't have been better. Look at this beautiful family.


Passeamos bastante. A Flórida é muito linda. Fomos a um parque muito legal, mas esqueci o nome.

We did a lot. Florida is really beautiful. We went to a real cool park, but I forgto what it's called.



No dia seguinte fomos a West Palm Beach. Just gorgeous. It was hard to choose what pictures to post here.

On the next day we went to West Palm Beach. Um lugar simplesmente lindo. Foi difícil escolher que fotos colocar aqui.



West Palm Beach tem uma rua com todas aquelas famosas lojas chiques americanas. Que pena que era domingo então estava tudo fechado (se bem que eu não ia comprar nada mesmo - tudo é caríssimo!!!)

West Palm Beach has a street with all those famous fancy American stores. Too bad it was Sunday and they were closed (but I wasn't going to buy anyhting anyway - too expensive!!!)



A mãe da Vanessa também mora lá e estava conosco. Pude conhecê-la melhor, uma mulher maravilhosa e muito bonita.
Vanessa's mother, Rose, lives there too and she was with us. I got to know her better. She's a beautiful woman and a wonderful person.



No último dia fomos jantar fora no Olive Gardens para comemorar o aniversário de 13 anos do João Vítor. Foi maravilhoso. Nos divertimos muito e a comida tava uma delícia.

On the last day we went out to dinner at Olive Gardens to celebrate João Vítor's 13th birthday. It was wonderful. We had a great time and the food was just delicious.



O João Vítor merece uma parte especial só para ele. É um menino super fofo e me lembra o Juan quando era da idade dele: é engraçado, espirituoso, inteligente e muito, muito fofo. Ficamos amigos. Tiramos várias fotos fazendo palhaçada.

João Vítor deserves a special place in this post just for him. He’s a really cute kid and he reminds me of Juan at his age – he’s funny and witty, smart and really, really cute. We became friends – my goofy friend. We took a lot of goofy pictures.





Mas o melhor foi que ele me ensinou a dizer 'não' de uma maneira muito especial em inglês. Só vendo o vídeo!

But the best of all was he taught me how to say 'no' in a very special American way: nuh-huh! You have to see the video!

http://www.youtube.com/watch?v=hXwv9creFrk

Obrigada, amigos, pelos dias maravilhosos que vocês me proporcionaram! Amo vocês!